Quando Uma Loja não é Suficiente
A MAÇONARIA REGULAR E SEUS CORPOS AUXILIARES E ENTIDADES PARAMAÇÔNICAS MAIS CONHECIDAS
Irm Luíz Carlos de Castro Alves Júnior [1]
1- INTRODUÇÃO
O presente estudo tem a intenção de apresentar de os principais corpos maçônicos auxiliares e as entidades complementares ou paramaçônicas mais projetadas e conhecidas no mundo, demonstrando através das descrições como o surgimento e patrocínio dessas instituições pela Maçonaria regular remonta, principalmente, aos séculos XVIII e XIX e é de grande repercussão na Europa Ocidental e Estados Unidos da América – EUA, bem como sua disseminação nesta República Federativa do Brasil a partir dos anos 1980.
Cumpre destacar que o fato de a Maçonaria de origem anglo-saxã preservar o lema original da instituição (“amor fraternal, amparo – ou ‘socorro’ – e verdade”) está diretamente ligado com a instituição nos EUA ser responsável pelo patrocínio de grandes obras de caridade naquele país através de seus braços paramaçônicos, como é o caso da Shriner’s International, a maior entidade filantrópica do mundo que patrocina hospitais de cuidados para crianças. Na América Latina, por influência francesa, ficou estabelecido o “igualdade, liberdade e fraternidade”, que não é o lema da Maçonaria, mas da Revolução Francesa (1789), ou seja, em terras tupiniquins há mais uma reverência por fato já ocorrido e conquistado (“igualdade, liberdade e fraternidade”, como pode-se contemplar nas Declarações de Direitos e Constituições do mundo ocidental) do que a busca por algo que se deve realizar (o amor fraternal, o socorro e a verdade).
As entidades de origem estadunidense que são iniciáticas ou ritualísticas tem a maioria de seus rituais inspirados no Rito de York que, simplificando ao máximo a questão dos ritos e graus simbólicos e superiores nos EUA, é o que impera nas Blue Lodges americanas, originadas da organização do Monitor de Webb (1797). Mesmo já havendo registros de paramaçônicas em 1843, o surgimento de instituições hoje grandes e conhecidas com a Ordem DeMolay não foi fácil. Em 1919 Frank Sherman Land sofreu a mesma crítica que ocorre ainda hoje no Brasil: “estão colocando menino para brincar de Maçonaria dentro do templo”, diziam. Aí foi necessário Dad Land buscar apoio de grandes corpos maçônicos – no caso da DeMolay, foi o Grande Capítulo de Maçons do Real Arco de Missouri o primeiro apoiador. É no Real Arco que está toda a filosofia por trás dos rituais escritos por Frank Marshall.
Em todo o Brasil desde a década de 1980 o surgimento e crescimento das entidades paramaçônicas, sobretudo as juvenis, é vertiginoso. As Grandes Secretarias especializadas para essa pasta começaram a surgir e as Obediências perceberam-nas como instâncias importantes em sua estrutura administrativa e não apenas como mais um cargo para distribuir politicamente. O Grande Oriente do Rio de Janeiro – GORJ, Obediência integrante da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB, por exemplo, desde a década de 2000 tem uma Grande Secretaria de Assuntos Paramaçônicos deveras organizada que conta inclusive com logomarca própria. No mesmo sentido trabalha a Muito Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado de Pernambuco – Glepe, esta integrante da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB. O Grande Oriente do Brasil – GOB, com sua estrutura federativa, tem uma Secretaria Geral e Secretarias estaduais em cada unidade federativa. Na estrutura nacional do GOB além do Grande Secretário da pasta, há um adjunto para cada entidade paramaçônica existente sob o patrocínio daquela Obediência.
Leia o artigo na íntegra no seguinte endereço: https://ritoserituais.com.br/ Quando Uma Loja Não É Suficiente.pdf